Seja como o sandalo, que perfuma o machado que o fere
Para quem nao leu, dito a orelha do livro: (enviado por Peter, grande amigo)
"H� seis anos, sofri uma pane no deserto do Saara. Alguma coisa se quebrara no motor. (...) Na primeira noite adormeci sobre a areia, a milhas e milhas de qualquer terra habitada. Estava mais isolado que um n�ufrago num bote perdido no meio do oceano. Imaginem qual foi a minha surpresa quando, ao amanhecer, uma vozinha estranha me acordou. Dizia: - Por favor... desenha-me um carneiro! Levantei-me num salto, como se tivesse sido atingido por um raio. Esfreguei bem os olhos. Olhei ao meu redor. E vi aquele homenzinho extraordin�rio que me observava seriamente. Olhava para essa apari��o com os olhos arregalados de espanto. (...) Quando consegui finalmente falar, perguntei-lhe: - Mas... que fazes aqui? E ele repetiu, ent�o, lentamente, como se estivesse dizendo algo muito s�rio: - Por favor... desenha-me um carneiro. E foi assim que conheci, um dia, o pequeno pr�ncipe".
Exupery enfrentou problemas delicados de saude que o impediam de continuar voando. Mas para ele, nao voar significava nao viver. Contrariando ordens medicas, em 1944 decolou pela ultima vez rumo ao infinito.
Abandonou sua efemera vida e nossa companhia e buscou o infinito quando seu aviao foi derrubado por um piloto alemao. Seu aviao jamais foi encontrado... ate ontem. Ora vejam so... O livro foi sucesso no mundo e proibido de ser vendido na Alemanha, mas assim como toda proibicao, o fez ser a obra mais lida neste pais na epoca. Nao me assustaria o fato de o filho deste piloto alemao trazer consigo a alegria de ter sido contemporaneo de Antoine e a tristeza de ser parte de sua destruicao.
Assim como Dr. Carl Sagan, Malba Tahan e Jesus, Antoine de Saint-Exupery eh um de meus idolos:
E dizia : "Eu nao me preocupo se eu morrer na guerra (...) Mas se eu voltar vivo desse 'trabalho' ingrato, mas necessario, havera apenas uma questao para mim: O que dizer da humanidade? O que dizer para a humanidade?"
Feliz dele... Deixou esse planeta onde estamos contemporaneos de imbecis e guerras santas e de petroleo, e provavelmente hoje sobre isso.
E tu? Ja esteve no meio de um deserto, depois de ter perdido tudo e viu alguem chegar ate voce e lhe surpreender com uma pergunta que te fez pensar que as preocupacoes nao valem nada e te roubou o coracao com a simplicidade de uma crianca e com a forca de furacao?
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Identificados os restos do avi�o de Saint-Exup�ry
http://ultimosegundo.ig.com.br/useg/cultura/artigo/0,,1573776,00.html
MARSELHA (Reuters) - Especialistas asseguram que os restos de um avi�o encontrado em um rio de Marselha em 2000 correspondem, de fato, ao aparelho pilotado pelo escritor franc�s Antoine de Saint-Exup�ry, autor de "O Pequeno Pr�ncipe", quando desapareceu, nos anos 1940.
O escritor e aviador do Ex�rcito foi dado como desaparecido durante uma miss�o de reconhecimento, em 31 de julho de 1944, quando sobrevoava solo franc�s.
Os restos de um bimotor Lightning P38, localizados na primavera de 2000 por um mergulhador de Marselha no leito do rio Riou, foram erguidos at� a superf�cie em outubro passado e examinados por especialistas.
O avi�o P38 de Saint-Exup�ry foi identificado gra�as � inscri��o "2734 L", gravada pelo construtor sobre uma pe�a da aeronave.
Esse n�mero "civil" corresponde ao n�mero de matr�cula militar de Saint-Exup�ry, explicaram os especialistas do Departamento de Pesquisas Arqueol�gicas Subaqu�ticas e Submarinas.
Os restos do avi�o, encontrados a 80 metros de profundidade, perto da costa de Marselha, correspondem de fato ao avi�o que partiu da C�rsega em 31 de julho de 1944 com o comandante Saint-Exup�ry, encarregado de uma miss�o de reconhecimento no sudeste da Fran�a, duas semanas antes do desembarque na Proven�a.
A determina��o dos especialistas p�e fim � pol�mica suscitada seis anos atr�s pela descoberta de uma pulseira com o nome do escritor, encontrada por um pescador marselh�s em suas redes.
Na pulseira de prata estavam gravados, tamb�m, o nome da mulher do escritor, Consuelo, e o nome e endere�o de seu editor nova-iorquino, que publicou a primeira vers�o de "O Pequeno Pr�ncipe" em ingl�s.
Na �poca, os especialistas receberam a descoberta com ceticismo, j� que nenhuma j�ia constava na lista de itens pessoais que o piloto levava consigo no dia em que desapareceu.
A �nica quest�o que continua sem resposta � a raz�o pela qual o avi�o caiu no mar.
O prefeito de Marselha, Jean-Claude Gaudin, anunciou na quarta-feira que os museus da cidade est�o dispostos a receber os restos do avi�o do escritor franc�s, "para render homenagem ao escritor e ao homem Saint-Exup�ry".
"O Pequeno Pr�ncipe" � visto como uma hist�ria cl�ssica de amor e solid�o.
Saint-Exup�ry morreu um ano depois de o livro ser lan�ado.
Nascido em 1900 numa fam�lia francesa aristocr�tica, o escritor tentou v�rias vezes estudar artes liberais, antes de decidir tornar-se piloto.
J� adulto, sua paix�o por voar inspirou o livro "V�o Noturno", e em 1943 "O Pequeno Pr�ncipe", um dos maiores best-sellers de todos os tempos, sobre um piloto cujo avi�o cai no Saara e que encontra um pr�ncipe misterioso com quem empreende uma viagem interplanet�ria