Ali, descendo pelos Andes, me reconfortei numa cabana. Hotel de viagem.
Depois de ver a Lhama passar, e seu olor... resolvi abrir finalmente aquela
gaveta, depois de uns varios, muitos, milhoes de nanossegundos de duvida.
Abri e tinha um livro. Budista. Pensei : "Estranho, nos hoteis sempre tem uma
biblia. Andes, Hymalaia, Tibet...Sera que essa coisa budista tem a ver com
as alturas ? "
Resolvi folhear, logo no inicio, depois de ler os creditos do autor... Tem
assim..."Dentre tudo que se diz e todos que te veem, guarda em ti o Silencio.
Uns sao luas, outros sao mares"
Nem li o resto...Deitei aliviado, consegui dormir..E antes da ultima
respiracao consciente, ainda pensei..
- "Poxa, verdade...Temos crencas suficientes para julgarmos e recriminarmos uns aos outros, mas nao religiao suficiente para nos amarmos uns aos outros"
Acordei e me mandei..Destino : Galapagos !!
Mas isso eh outra historia.
Lua e a mare
Maktub
Um amigo me falou dessa palavra hoje numa conversa e lembrei o seguinte conto.
Conta a lenda que, Yassef, Bramane e bom homem primo de Beremiz, fora injustamente acusado de ter assassinado uma mulher.
Na verdade, tal ato criminoso fora cometido por Balbarot, pessoa influente, rasteiro, pouco casta nas palavras e amigo do corrupto Maraja. Explicando-se assim que desde o inicio se procurou um bode expiatorio para acobertar o crime.
Yassef nao entendia a razao deste mal mas aceitou a acusacao, e como bom fiel, ofereceu sua resignacao e testemunho a Ala e proferiu: Maktub!
Maktub fala justamente disso, da aceitacao da perda, da resignacao na tragedia. Nao existe mal acometido, mas sim o mal praticado. Aceita o destino e Ala fara o resto e te retornara no peso necessario de tuas beneces.
Assim, Yassef foi levado a julgamento, fiel mas ja temendo o resultado: enforcamento. Bem sabia tambem que tudo iria ser feito para condena-lo.
O falso juiz, tambem parceiro na corrupcao de seu sequito saberia que deveria levar o pobre homem ao seu fatal destino e, sendo tao frio quanto o vento que assoma a caravana tuaregue noturna no deserto, simulou um julgamento justo, propondo ao acusado que provasse sua inocencia.
- Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar tua sorte nas maos de Ala. Escrevo num pedaco de papel "inocente" e no outro "culpado". Tu vais sortear e aquele que sair sera o veredicto nao proferido por mim, mas pela vontade de divinia. Deus decidira. - determinou o juiz.
Aos olhos cegos do acusado, o falso juiz preparou os dois papeis e em ambos escreveu "culpado", Assim nao importa o papel sorteado. Nao havia inocente.
O juiz colocou os dois papeis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. O homem pensou e, pressentindo uma vibracao, aproximou-se confiante da mesa. Pegou um dos papeis, rapidamente colocou na boca e o engoliu. Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com tal atitude.
- Mas o que fizestes insolente? E agora? Como vamos saber qual o veredito?
- Muito simples - respondeu- Basta olhar o outro pedaco que sobrou e saberemos que acabei engolindo o seu contrario. Imediatamente o homem foi liberado.
A sorte eh quando preparacao e oportunidade se encontram. Maktub!
El cuento de la nina Y el arbol gris
Yo he escuchado...
Hace mucho tiempo, hubo una guerra, en la antiguedad,
ella separ� un joven y su dulce amor,
por que el se fue a el frente luchar;
Aquel frio adi�s, Hasta hoy ella no pudo olvidar,
Recordava el la encena:
De quando su sangre se hel� Y su voz tembl�,
Y a el le mirava, saliendo con el pelot�n,
mientras se alejava su joven amor.
Pero las guerras no conoscen el color del amor,
talvez por eso, desafortunadamente una lanza fue que le atravess�,
en el, un coraz�n apag�; en ella con mil sentimientos hacia dentro se muri�,
y el, nunca mas regres�.
Hoy la gente cuenta que todas las ma�anas ella se va,
Y se pone a conversar con un viejo arb�l,
Y le cuenta de su gran soledad...
Pero un dia, con su corazon en imenso dolor,
una vez mas ella a el arb�l se encamin�,
Y tambien nunca mas regress�.
La gente del pueblo la intentaran quitarla de cerca del arb�l,
pero de ali ela no sali�;
Y su cuerpo se enraiz�.
Y ali los dos se quedaran,
bajo el sol Y la lluvia,
el frio Y el calor,
la bella Y su nuebo amor,
el arb�l de gris color.
A vida eh uma viagem
E de trem e mochilas.
E tem passagem so de ida. Muitos envelhecem, deixam a vida passar e nao arriscam nada na suas vidas. 15, 25, 35 anos...e o tempo vai passando, e as coisas as mesmas...
Com tantas guerras, conflitos (conflito na fila do banco, na Palestina, de interesses). Muitos nao sabem viver sua vida. E dela, a vida, ha quem diga que nao vale; pior, ha quem mate pra viver.
E para curtir essa viagem, eh melhor a queda livre, como descer a serra de carro contigo, preso pela cerracao, salvo pela tua imagem, na minha imaginacao (cocotinha :-)).
Cocotinha, sao os teus lindos olhos verdes pelos quais sou apaixonado que sao as redeas que invisivelmente me controlam. "Quando o verde dos teus olhos, se espalhar na plantacao (desses alpes)".
Eh chegado o primeiro fim de semana que viajaremos juntos ao velho mundo misterioso, finalmente sair, aventurar de albergue e acampar. Nos alpes Suicos, em Berlim, em Canoa Quebrada, em Sao Paulo (onde nos vivemos nossa historia de amor)...nao importa, pelas antenas captamos que o nosso lugar existe quando estamos juntos.
As aranhas nao tecem suas teias, por loucura ou por paixao; mas o sangue, ele so corre nas veias por pura falta de opcao.
Minha casa eh meu gibao, minha morada eh minha mochila, minha melhor companhia eh voce. E Fotos, aventuras e muitas historias nos aguardam :) Paris!