Segundo o Xico, "um calor do cao!", pra mim, um frio de matar.
Passei, andei, e juntei tudo o que pude levar. Vou andar o caminho que parece que eh meu (eh bom que eu agarre ja!).
Daqui pra tras, nao tenho mais nada. A estrada eh para frente, juntarei tudo que consegui por coincidendia e desenhando a maluquice no meu lencol, esperando que o ceu nao rache sob meus pes, sem que leve meus cobertores e eu fique me perguntando : "E agora?"
Uma sensacao dificil de explicar. Aqui, pra mim, tudo parece estar muito no seu lugar.
Suave eh a cidade, suave eh a noite em que eu saio, para conhecer a cidade sem medo de me perder por ai. Sem medo de mendigos esmolando pela rua, vestindo a mesma roupa que foi minha.
Muito grande e tao pequena, parece que estamos distantes demais das capitais. Enquanto isso, no nosso pais vejo que nos estamos tao distantes disso, mas nao eh maior que a distancia do primeiro mundo. Que pena! Cada vez mais descubro que o primeiro mundo eh tao muito mais distante do horizonte do meu pais.
Eu sempre quis viver no velho mundo, na velha forma de viver... 3o. Sexo, a 3a. Guerra, o meu 3o. Mundo... Terceiros par mim sao tao dificeis de entender.
9 da noite, neste momento vejo o sol e uma nuvem no ceu, mesmo eu estando na sombra, envolvendo meu olhar.
Olhando nos olhos da meninas helveticas. Olhos iguais ao ceu azul ao meu redor.