site stats Blog da Scarlet: Austrália e as Olimpíadas de Beijing 2008

Austrália e as Olimpíadas de Beijing 2008


Ola amigo, tudo legal? Eu me chamo Edge. Seja bem vindo!Não é segredo nenhum que a Austrália é um país definitivamente vidrado em esportes, e uma fábrica de super-atletas mundialmente conhecidos como Ian "Thorpedo" Thorpe e Brooke Hanson.

Eis mais uma prova desse apoio. O Comitê Olímpico Australiano planeja fazer a Austrália aparecer entre os 5 primeiros no ranking da Olimpíada de Beijing, e para isso vai aumentar o salário e o prêmio dos atletas.
Brooke Hanson, medalhista olímpica

A partir de hoje, o atleta Australiano que ganhar uma medalha de ouro em alguma competição de nível mundial receberá 20 mil dólares adicionais de "prêmio incentivo".

Quem ganhar medalha de prata, receberá 13 mil dólares, e quem receber medalha de bronze receberá 7 mil dólares.

Os treinadores receberão 1/4 do que o atleta receber também. A idéia é dar tranquilidade financeira suficiente para o atleta dedicar-se mais ainda nos treinamentos, afinal de contas atleta também tem conta de luz e supermercado.

E se um time ganhar medalha de ouro? por exemplo, as Matildas seleção de futebol feminino da Austrália? Não tem problema, cada jogadora e membro da comissão técnica também receberá o prêmio individual. Ou seja, a bagatela de uns 200 mil dólares para o time todo!!!

Enfim, primeiro mundo... é outro nível.
Ian Thorpe, com seu tradicional uniforme negro

A Austrália é atualmente no ranking dos países olímpicos o 5o lugar. Mas na última olimpíada de Atenas, ela ficou em sétimo na colocação geral. A idéia é retomar o 4o ou 5o lugares dessa vez na China.

E para quem acha que o dinheiro é muito, veja só na Inglaterra; cada atleta tem o mesmo esquema, e receberá quase 60 mil dólares (26 mil libras esterlinas).

E o Brasil? Bom, no Brasil temos atletas que ainda tem que usar o vale-transporte para ir treinar, maratonistas que não tem tenis especiais, temos jogadores de futebol que são negociados em troca de pares de chuteiras. Se a gente tivesse mais apoio, será que não seríamos também uma potência mundial no esporte? Talvez sim.

O problema é que temos coisas mais importantes pra cuidar primeiro: Meninos de rua, saúde pública horrível, assaltos, assassinatos demais, educação pública de péssima qualidade, corrupção e por aí vai... Depois de cuidarmos ou pelo menos diminuirmos isso, aí então, se um dia sobrar dinheiro, aí sim pensamos em investir nesses detalhes que fazem uma nação melhor.

Por enquanto, resta a gente comemorar a farsa Global do Pan, e sair na rua comemorando que ganhamos medalha de ouro e tal, competindo contra Haiti, México, Venezuela e Honduras.

Enfim, terceiro mundo... é outro nível.