site stats Blog da Scarlet: Se o inferno não está vazio, não é possível tornar-me Buda

Se o inferno não está vazio, não é possível tornar-me Buda

Ola amigo, tudo legal? Eu me chamo Edge. Seja bem vindo! O Mandarim é realmente uma língua complicada, mas eu acho bastante elegante e artistíca, assim como o Árabe. Escrever em Mandarim ou Árabe é também ter que desenvolver um talento do traço que particularmente acho que poucos tem.
Hoje um colega me indicou essa frase que expressa de uma maneira interessante as práticas do Budismo.

Se o inferno não está vazio; não é possível tornar-me Budda.

Na sua vida, no dia a dia, o seguidor do Budismo tem como meta alcancar 'a luz', 'a iluminação', um estado de espírito tão alto que todas as degradantes coisas terrenas, guerra, intriga, ódio, discussões, dinheiro tornam-se inferiores, já que o iluminado consegue ver algo que nós comuns ainda não iluminados não conseguimos ver. E como alguns de nós morreremos sem ver a luz das coisas, alguns de nós iremos para o inferno.

Por isso, o Budista tem como missão recuperar essas almas que cruzarem no seu caminho, assim como aquelas que já estão no inferno, e ajuda-las a tornarem-se melhores a cada dia, saindo assim do inferno e indo para um plano superior. Isso reflete duas outras coisas do Budismo: a crença em vida após a morte, e a crença na regeneração das almas perdidas e que todos nós possuímos uma versão melhor de nós mesmos.

Somente então depois de recuperar todas essas pessoas/almas, é que o Budista pode pensar em ajudar a si mesmo a alcançar o seu melhor. Ou seja, no Budismo o 'outro' é sempre mais importante que o 'eu', principalmente se o outro não tiver nenhuma idéia que precisa ser ajudado.

Uma vez que o inferno esteja vazio, que todas as pessoas estejam em paz, é que o praticante começa entào a pensar em alcançar o máximo estágio espiritual, Nirvana.

Acho que o inferno está longe de ser vazio, e o Budismo tem uma tarefa enorme pela frente :-)