Hoje um colega me indicou essa frase que expressa de uma maneira interessante as práticas do Budismo.
Se o inferno não está vazio; não é possível tornar-me Budda.
Na sua vida, no dia a dia, o seguidor do Budismo tem como meta alcancar 'a luz', 'a iluminação', um estado de espírito tão alto que todas as degradantes coisas terrenas, guerra, intriga, ódio, discussões, dinheiro tornam-se inferiores, já que o iluminado consegue ver algo que nós comuns ainda não iluminados não conseguimos ver. E como alguns de nós morreremos sem ver a luz das coisas, alguns de nós iremos para o inferno.
Por isso, o Budista tem como missão recuperar essas almas que cruzarem no seu caminho, assim como aquelas que já estão no inferno, e ajuda-las a tornarem-se melhores a cada dia, saindo assim do inferno e indo para um plano superior. Isso reflete duas outras coisas do Budismo: a crença em vida após a morte, e a crença na regeneração das almas perdidas e que todos nós possuímos uma versão melhor de nós mesmos.
Somente então depois de recuperar todas essas pessoas/almas, é que o Budista pode pensar em ajudar a si mesmo a alcançar o seu melhor. Ou seja, no Budismo o 'outro' é sempre mais importante que o 'eu', principalmente se o outro não tiver nenhuma idéia que precisa ser ajudado.
Uma vez que o inferno esteja vazio, que todas as pessoas estejam em paz, é que o praticante começa entào a pensar em alcançar o máximo estágio espiritual, Nirvana.
Acho que o inferno está longe de ser vazio, e o Budismo tem uma tarefa enorme pela frente :-)